Sempre aos domingos...

Hoje é domingo. A última postagem foi domingo passado e a penúltma também. Tô chegando a acreditar que minha produção literária on-line só acontece aos domingos... E o que a gente (eu) poderia falar (ou escrever...) num dia como o de hoje? Podíamos falar de amizades, de relacionamentos... Poderíamos falar de beleza, de feiúra, poderíamos falar sobre a falta de tempo crônica que nos assola depois dos vinte anos... Ou poderíamos viajar no tempo e voltar até a época da minha infância, numa nostalgia maneira...

Todo domingo era a mesma coisa: acordava ao som do Rei cantando: "Hoje é domingo! Pãrã pãrã pâ! Dia perfeito!"... E sempre acordava, ia escovar os dentes e me preparar para o café em família. Na época o sexo masculino imperava nessa casa: éramos quatro homens, um cachorro (macho) e só minha mãe de mulher. Quando minha irmã chegou, continuou a tradição. E todo domingo ia brincar com meu primão: o Diego. Eram as intermináveis histórias que fazia com meus bonecos. E ele me ajudava a bolar...

E esperava o almoço ficar pronto pra comer e assistia a um filme na TV. E assistia esses fimes e às vezes saía com minha mãe e meu pai. Ou eu ficava lendo alguma coisa. Ler sempre foi uma coisa que me despertava um prazer imenso, que até hoje está presente, não sei por quê. Só tinha uma certa preguiça com deveres de casa, como ainda tenho. Engraçado que comecei a escrever um texto num domingo e estou acabando numa segunda. É complicado essa falta de tempo crônica.

Minhas tardes de domingo nunca voltaram a ser como eram antes. Meus bonecos foram embora, meu primão cresceu, virou crente e sumiu... Fui começando a assumir novos compromissos com a Doutrina Espírita, e crescendo. Fiz vestibular, me esforcei, entrei na Universidade, várias meninas/mulheres passaram na minha vida, e eu fui crescendo. Quantas tardes de domingo eu não passei estudando o Cálculo ou Química Analítica? Quantas tardes de domingo eu não passei teclando no MSN? Ou fuxicando orkut alheio?

Hoje eu passo o dia inteiro de domingo trabalhando no bem. E devo tudo isso à Suprema Inteligência. Devo também a companheiros valorosos como Wanderson, Ronaldo, Tidinho, como Sérgio, Kléber, Daniel, etc. Companheiras tais como Rosy, Vera, J. Bia, Di, "Zenarcildes", e tantas outras. E devo também a mim e assumo isso. Aquelas tardes nunca voltarão... Mas fica a pergunta aos companheiros e companheiras que me lêem: como a gente (nós) tem aproveitado as nossas tardes de domingo? Se divertindo levianamente ou trabalhando pelo bem da humanidade? Se iludindo ou amando mais?

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